terça-feira, 21 de setembro de 2010

Árvore generosa



"Era uma vez uma árvore [...] e ela amava um menininho". E assim começa a história de uma árvore que é feliz porque pode fazer o menino feliz. A princípio o menino não deseja nada mais que empoleirar-se em seus galhos, comer suas maçãs e deitar a sua sombra.
Mas à medida que o menino cresce, com ele seus desejos crescem. Mas, graças ao amor da árvore, ela lhe dá as maçãs para que ele as venda e consiga dinheiro para divertir-se de fato; os galhos, para edificar uma casa para sua mulher e família; e o tronco, para construir um barco e assim navegar para longe do tédio da vida.
Um dia então, o pródigo retorna à árvore que o ama. Por agora, já lhe deu tudo; tudo que resta dela é um velho toco. O menino, agora um velho, precisa somente de um lugar sossegado para se sentar e descançar. E a árvore generosa é-lhe generosa mais uma vez.

Faz me lembrar de Jesus, de quem Paulo escreveu aos Felipenses: "esvaziou-se a si mesmo". Ele bradou do fundo de seu coração, pregos nas mãos, e verteu seu sangue para que crêssemos em seu amor por nós. De modo significativo, Jesus escolheu a árvore generosa, sua cruz, como sinal a demonstrar seu amor absolutamente furioso pelos homens e mulheres. Nas palavras de um dos pais da igreja primitiva: "o ato mais poderoso de amor que jamais brotou de uma alma humana".



Brennan Manning, O anseio furioso de Deus, pág: 95 e 96.
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Neto Quirino
Paz & Bem á todos!

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