segunda-feira, 29 de novembro de 2010

FESTA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

Pedras de Fogo - PB
De 29 de Novembro a
8 de Dezembro de 2010

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25 a 28/11 - III ROMARIA DA FÉ E CELEBRAÇÃO DO ANIVERSÁRIO
DE NASCIMENTO DE DOM VITAL
ENCERRAMENTO ÀS 19:00H
PRESIDENTE: DOM SEVERINO BATISTA, OFMCAP, BISPO DE NAZARÉ - PE.
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NOSSA SENHORA, UM OLHAR SOBRE A CIDADE
PROGRAMAÇÃO


29/11 - Segunda-Feira
Tema - Nossa Senhora: um olhar que nos traz paz
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
18:30H - Recitação do Terço no Centro São José e logo depois, procissão da
bandeira em direção ao Santuário
19:00h - Missa
Presidente - Pe. José Junior (Comunidade Obra de Maria)
Liturgia - Comunidade Obra de Maria, Pastoral do Dízimo e Grupos de Evangelização
Apresentação Cultural - RCC Pedas de Fogo
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30/11 - Terça-Feira
Tema - Nossa Senhora: um olhar maternal
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00h - Missa
Presidente - Pe. Sérgio Roberto (Paróquia de Itambé - PE)
Liturgia - Grupo de Homens
Apresentação Cultural - João Carlos
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01/12 - Quarta-Feira
Tema - Nossa Senhora, um olhar que educa
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00h - Missa
Presidente - Pe. Egídio Neto (Paróquia Santuário Nossa Senhora Aparecida - João Pessoa)
Liturgia - Catequese, Coral São Francisco e Coroinhas
Apresentação Cultural - Comunidade Crux Sacra
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02/12 - Quita-Feira
Tema - Nossa Senhora: um olhar que caminha conosco
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00h - Missa
Presidente - Mons. Ivônio Oliveira (Paróquia São Pedro e São Paulo - João Pessoa)
Liturgia - RCC
Apresentação Cultural - Grupo Alegra't e GTD Anjos de Deus
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03/12 - Sexta-Feira
Tema - Nossa Senhora: um olhar que nos dá senssibilidade
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00 - Missa
Presidente - Pe. Cláudio Sartori (Reitor do Seminário Arquediocesano da Paraíba)
Liturgia - Apostolado da Oração, Ministros da Eucarístia, Pastoral da Saúde
Apresentação Cultural - Grupo da melhor idade
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04/12 - Sábado
Tema - Nossa Senhora: um olhar que guia as famílias
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00h - Missa
Presidente - Pe. Manoel Alexandre (Paróquia de Juripiranga - PB)
Liturgia - Pastoral da família
Após a Missa, leilão com donativos da comunidade
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05/12 - Domingo
II Domingo do Advento
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00h - Missa
Presidente - Pe. Cícero Alberes
Liturgia - JUCAP, JUMAP, Pastoral da Crisma
Após a Missa haverá bingo de confraternização
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06/12 - Segunda-Feira
Tema - Nossa Senhora, um olhar que protege
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00h - Missa
Presidente - Mons. Ednaldo Araújo (Paróquia Santíssima Trindade - João Pessoa)
Liturgia - Grupo de Mães e Ofício de Nossa Senhora
Apresentação Cultural - Banda Ronaldo Ribeiro da Costa
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07/12 - Terça-Feira
Tema - Nossa Senhora, um olhar que transforma nossa realidade
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00h - Missa
Presidente - Pe. Vanduy Bione (Paróquia de Itambé - PE)
Liturgia - Paróquia de Itambé - PE
Apresentação Cultural - Comunidade Obra de Maria
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08/12 - Quarta-Feira
DIA DE NOSSA SENHORA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
05:00h - Alvorada
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
09:00h - Missa Solene
Presidente - Pe. Carlos Alberto (Vigário Geral da Arquediocese da Paraíba)
16:00h - Missa de encerramento (campal)
Presidente - Dom Aldo Pagotto (Arcebispo da Paraíba)
Após a Missa, procissão pelas ruas da cidade
Show Cultural e Encerramento da Festa

sábado, 27 de novembro de 2010

Quando a consciência se ilumina

"Quando a luz se apaga é que a consciência se ilumina.
As almas são como os morcegos: vêem melhor às escuras."  
Guerra Junqueiro


 

O ponto de partida é esta frase. As imagens da luz e da escuridão fazem uma enorme ressonância em nós, vão além daquilo que podemos refletir. É uma impressão instintiva, percebemos a luz em nós e nos outros, sem saber bem explicar porquê. Fascinam-nos as pessoas de olhar iluminado, e queremos a toda a força conhecer o seu segredo. Um olhar escuro faz-nos desviar o olhar, sem sabermos o que podemos fazer.
Quando nos sentimos iluminados, tudo nos corre bem, temos imensas ideias de coisas bonitas para afaer, crescemos na confiança e na ousadia. O mundo parece pequeno para os nossos desejos. Porém, quando a escuridão é o nosso ambiente, ficamos perdidos, desorientados, o mundo fecha-se até ficar do tamanho do nosso problema, um pequeno canto numa cave, sem grande capacidade para sair dali.
O que quer dizer que a consciência se ilumina quando a luz se apaga? Esta pergunta é um desafio e um confronto com o modo como lidamos com os nossos tempos e situações mais obscuras. Creio não estar errado, se propuser que são exatamente os momentos de escuridão onde encontramos a nossa verdade. Um dos nossos maiores medos é enfrentar a dúvida, a desesperança e o fato de não nos sentirmos completos.
Querer viver sempre na luz é bom, na medida em que somos continuamente desafiados a alargar os nossos horizontes e a não ficarmos fechados em nós. Mas pode ser um risco, se formos ingenuos ao ponto de querer a toda a força ser iluminados sem aceitar as nossas sombras, e vivemos tantas vezes numa aparência, quando essa luz não passa de iluminação artificial, lâmpadas coloridas e neons publicitários que, no fim de contas, dizem pouco de nós. Fazemos parte do sistema, que evita todo o contato com a realidade paradoxal da vida.
Nas alturas em que a escuridão é o nosso mundo, temos a oportunidade de partir do que somos: dúvida, incompreensão, fragilidade. A um certo momento da nossa Vida, o confronto com a escuridão é necessário e salutar, poder dizer com toda a simplicidade: "Também sou isto, mas isto não me impede de viver, antes pelo contrário".
A nossa consciência ilumina-se a partir de dentro, e tornamo-nos mais transparentes, olhamos para nós, ao mesmo tempo que uma luz de aceitação vai tornando os limites mais claros, até que percebamos que a fragilidade é a nossa fonte mais autêntica de força. Ser conscientes, não pelo pensamento, mas na intuição, no fundo, amarmos o nosso presente, seja como este for.
 
Neto Quirino
Pax et Bonum!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

À espera


O momento antes de nascer, antes de ouvir o primeiro grito de Vida. O momento antes do primeiro raio de sol, que surge atrás da montanha. O momento em que o maestro levanta os braços, antes da orquestra tocar.

Não há silêncio mais completo que o instante antes daquilo que se espera. Quanto mais se isso for pensado desde sempre. Quanto mais se o que vier transforma radicalmente o mundo e o que somos. Para sempre.

Não deve ser possível imaginar o silêncio do último instante, o preciso momento em que Jesus volta à Vida. O Universo deve ter caído, completo, no contemplar e acolher aquilo que estava a acontecer.

Santa Páscoa!


Neto Quirino

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sabes de ti?



Quando quiseres saber de ti, vem bater-Me à porta. Não perguntes quem sou ou de onde venho. Vem devagar e chama pelo teu nome. Contar-te-ei a tua história desde que te vi sorrir. Vais ouvir falar de alguém capaz de percorrer a estrada para alcançar o conforto e oferecer um abraço maior que o mundo inteiro.

Posso contar-te a tua história que ficou perdida num passado, fechada num pequeno cofre que só quem fechou ou viveu sabe contar. Vais saber que eras uma preocupação, que eras presente e que tinhas quem cuidasse de ti a toda a hora. Guardaram-te bem!

Posso falar-te dos teus medos, das tuas conquistas, das tuas aventuras...


Sabes? Posso falar de ti! Daquele tu que conhecemos em tempos e que agora, não se sabe onde se perdeu ou se não se quer encontrar. Aquele que viveu tudo com muita vida e fechou a porta no maior desafio de vida.


Quando quiseres saber de ti... vem sem medo perguntar! Não queiras saber quem te conta a história ou quem te viu viver, tenta só saber quem foste e com isso... reconquistar a vida de quem és ou viver a vida de quem te tornaste...


Sabes quem és? Eu nem sempre te sei... e acho que tu também não... mas quando quiseres saber de ti, Eu sei onde te encontrar.

Me ajuda Jesus...

Neto Quirino

domingo, 21 de novembro de 2010

Autoconhecimento


O tema do auto-conhecimento é muito vasto, e admito que também é um dos meus preferidos. Tenho pensado e rezado muito sobre o conhecer-me a mim mesmo e como isso tem sido fonte de compreensão, perdão, desejo de me aventurar e de ser melhor. Conhecer-se a si mesmo não é apenas uma questão de fazer uma lista de qualidades e defeitos, ou fazer algum teste de personalidade. Estas coisas ajudam, mas correm o risco de permanecer à superfície e não nos faz cair na conta daquilo que verdadeiramente somos. Cada pessoa é um mundo diferente e estaria a perder-me se quisesse falar de tudo, pelo que resolvi apontar algumas coisas que fui lendo e pensando, e acho que se podem aplicar a cada pessoa, ao menos como início de um caminho para se conhecer melhor.


A própria expressão "conhecer-se a si mesmo" indica que existe uma distância entre o eu que conhece e o eu que é conhecido. Vamos conhecendo partes de nós, sem nunca conseguir conhecer-nos completamente. Acredito que sou um mistério para mim mesmo, e este é inesgotável, perigoso, fascinante, digno de todo o amor. Este mistério encontra-se dentro de nós, o espaço meu onde realmente sou aquilo que sou. E como posso chegar lá?



Uma descrição do homem interior que sempre me interpelou é a seguinte: eu sou homem psiquico, homem racional e homem espiritual. Ou, em termos mais complicados, e mais personalizados, mas que explicam a mesma coisa: animus, anima e spiritus. Estas três coisas não são três partes diferentes, como se me pudesse dividir em estratos, mas são modos de funcionamento daquilo que sou, a minha origem e para onde quero caminhar.


Animus é a parte que conheço de mim todos os dias, como vejo que me comporto, como leio a minha história, os meus defeitos e qualidades óbvias. É o que, de algum modo, me faz agir, a minha parte mais consciente, a que estámais imediatamente em contacto com o mundo à minha volta.


Anima é a parte de mim que responde ao bem, que me move para as coisas bonitas, que me faz sair de mim. Entre animus e anima, existe muitas vezes conflito. Sei o que é bem, e não o faço, sei que estou a fazer mal e não deixo de o fazer. Li num texto que a anima é como a dona de casa que procura cuidar e arrumar as coisas. Animus entra em casa e toma posse dela, é muitas vezes egoísta, e vence anima com palavras bonitas e boas justificações. Temos sempre justificações para fazermos o que queremos, mesmo que saibamos que não é bom.


Spiritus é a parte mais interior de mim, aquela que anima contempla e onde arranja forças para suportar, acolher, cuidar e transformar animus. Spiritus é tudo o que nos arrasta para o amor, que nos faz livres, não esperar recompensa, de nos dar sem medida e encontrar nisso a maior alegria. E é no spiritus que encontramos a parte mais débil e, ao mesmo tempo, mais poderosa de nós. É débil porque o amor não existe sozinho, e quando a anima é incapaz de encontrar spiritus e de o amar e ser amada por ele, perde força para ajudar animus a abrir-se também ele ao amor. E é a parte mais poderosa, quando eu percebo que o amor que tenho é mim é um dom, dado em medida inesgotável. Amo porque sou amado e tenho consciência que nunca poderei dar tanto amor como aquele que recebo. Mas procuro corresponder com todas as minhas forças, no fundo amar é o que há de mais natural em mim. E é neste movimento e neste lugar onde Deus está.


Procurando simplificar: O auto-conhecimento, ao menos como eu o percebo, está em olhar estas três dimensões e ver aquelas que têm mais força. Sabendo que a minha autenticidade está no amor, que passa pelo querer fazer o bem, e fazê-lo de facto. Quando spiritus, anima e animus trabalham no mesmo movimento, sou aquele que sou. Se a determinado ponto se quebra esta corrente, posso perguntar-me onde está a raiz disso. Encontrá-la, percebe-la, ama-la e recomeçar...


Sou um mistério para mim mesmo, e talvez seja possível que os outros me conheçam melhor que eu próprio. Talvez porque tenho espaços em mim dos quais penso que tenho o direito absoluto a ser o único explorador. Triste e iludido. E estes espaços são tantas vezes quartos escuros, fechados à chave. Tornei-me dono das minhas próprias prisões. Acredito que damos uma importância excessiva à pouca luz que temos, comparada com a dos outros. Ou ao modo pouco brilhante como estamos perante a Vida, quando sabemos bem que ela nos exige que sejamos sóis luminosos.


Conhecer-me é abrir os olhos e os braços ao que está em mim e fora de mim. Mas às coisas sérias e bonitas, no fundo, as únicas que são realmente... É ser capaz de abrir os lugares escuros e perceber que os monstros são formigas... é deixar que um fogo aqueça a casa. É olhar pela janela da alma e ver que estou na proa, e tenho diante de mim aquela paisagem que nunca pensei ver. Porque estamos continuamente a pensar que estamos bloqueados, traumatizados, condicionados?


Quando aquilo que sou é vento que enche as velas de um barco, a cor onde o artista mergulhou o pincel, a música que faz chorar alguém de consolação. É entre a coragem e a luz que me situo e existo... as minhas sombras são marionetes ridículas, só fazem aquilo que eu faço quando olho o sol... não têm um mínimo de vontade própria.
 
Neto Quirino

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Plenitude interior


É a grande questão da nossa Vida. Como podemos encontrar a plenitude no nosso interior? Os grandes temas existenciais não têm uma resposta óbvia, porque cada pessoa é uma história e um conjunto de circunstâncias. Acontecem-nos diariamente coisas que nos fazem repensar as nossas opções, momentos de confirmação e outros em que as nossas certezas mais profundas ficam abaladas.

A plenitude interior é uma questão de integração e unificação de todas as dimensões da nossa Vida. Corremos o risco de dividirmos a existência em vários setores. O que mais nos desgasta é verificarmos que há campos na nossa Vida onde conseguimos fazer progressos e outros que parece que não saímos do mesmo. Ao mesmo tempo, vivemos muito dependentes dos fatores externos, ou seja, o que acontece fora de nós, o que pensam e dizem de nós condiciona-nos de tal maneira que fazemos determinadas opções só porque é suposto, ou porque todos fazem assim, ou porque não faço mal a ninguém se fizer determinada coisa.

O grande segredo está em encontrarmos um espaço de verdade que seja o início e o fim da nossa existência. Estou plenamente convencido que as coisas mais importantes da vida se resumem a muito pouco. É uma espécie de luz interior que ilumina tudo, que faz olhar para tudo o que sou e o que me acontece com o olhar correto. Chega uma altura em que percebemos na nossa Vida que o essencial é uma palavra só nossa, algo que não nos pode ser tirado e que nos desafia constantemente.

Não há experiência mais profunda no ser humano do que aquela de ser amado. Só o sentir-se amado transforma, faz perdoar-me a mim mesmo, aceitar o que sou, querer ser o que sou. As comparações e as utopias fazem-nos, muitas vezes, olhar na direção errada. Se o desejo comanda a Vida, então que esse desejo seja movido pelo amor a mim mesmo, com uma transparência e simplicidade que me faça dizer sem complexos: esta é a minha perfeição. Uma conquista de todos os dias, mas esta é a minha conquista.

O amor a si mesmo é tudo menos egoísta, porque é uma visão realista das próprias falhas, mas sobretudo um olhar simples e humilde sobre aquilo que sou. A humildade é reconhecer a nossa bondade e ficarmos extremamente felizes por isso. Mais uma vez, encontra-se no fundo desta dinâmica o amor, e o sentir-se amado.

Para quem acredita, é um passo fundamental dar este salto: acreditar que Deus me ama sempre, acredita sempre em mim, não desiste. Ter alguém que sempre apoia o meu desejo de perfeição é a base de todo o movimento em direcção à plenitude.

Sentindo-se amado, e reconhecido como se é, torna a pessoa mais autêntica no modo de estar perante o mundo e os outros. Move-a o desejo de simplesmente ser, fazer crescer o bem, ser radicalmente otimista, porque nada está perdido, mesmo que o pareça. Deste modo, aquele que é amado ama como a expressão mais própria da Vida. Tudo o que sente e faz se confronta com o desejo que a Vida e os outros se sintam amados como eu me sinto amado.

Por ser tão simpels este caminho, é difícil percorrê-lo, porque pensamos que as coisas importantes precisam de enciclopédias para serem explicadas. Quando pensamos e classificamos demasiado, estamos a estragar tudo. Como quando amamos alguém, não o conseguimos explicar, simplesmente é assim.

Quando vivemos em plenitude, tudo é uma oportunidade grande, desejamos afastar as coisas menos boas de nós, e desejamos só que tudo seja bonito... é o único caminho que verdadeiramente interessa.
 
Neto Quirino
Pax et Bonum!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Relato do Martírio em Bagda no dia 31/10/2010

Carissimos Irmaos, a paz! Gostariamos de vos tornar participantes do testemunho do martírio da comunidade cristã de Bagdad. Acolhemos o apelo de fr. Robert JARJIS, de modo que as livres e reais informaçoes ajudem na sensibilização das consciências, da tolerância e da paz. Oremos pela Igreja Perseguida!!!

Pe. Mateus Maria.

Segue a tradução feita por Patrícia Vicente, para a lingua portuguesa:

Caros amigos,

Narro para voces uma pequena parte do holocausto da Igreja de Bagdad, do altar do sacrifício de Cristo, que foi preenchido dos sacrifícios humanos, onde o sangue do Inocente foi misturado com o sangue dos inocentes, que não têm nenhuma culpa, a nao ser de pertencer a Cristo, o Rei do universo, o único Rei da Paz.

Quando aqueles homens entraram, fecharam as portas e logo começaram a matar rapidamente os fieis, no momento em que ofereciam ao Deus da Paz o sacrifício de seu Filho. O Pe. Wasim (26 anos), o que estava celebrando a Eucaristia, suplicava de deixar os fieis em paz e de pegarartem a ele mesmo como vítima.

A resposta deles foi enchê-lo de bala, e assim, caído, logo morreu. Mais tarde Pe. Thaer (32 anos) que estava no confessionario, saiu rapidamente e foi até a eles pedir para rezar juntos pela paz no Iraque; cada um do seu modo e a cada um para o seu Deus, e deixar os inocentes.

Um daqueles homens o levaram perto do altar, bateram nele, e o encheu de explosivos alì mesmo no altar. Em seguida continuaram a misturar o sangue do Anjo com o sangue dos anjos. Sangue inocente derramado!

Logo em seguida, um daqueles homens encontraram uma mulher grávida, pegaram-na, pronunciaram as palavras da profissão de fé muçulmana e se explodiram junto com ela, a inocente, sem nenhuma misericordia não somente para os vivos aqui da terra, mas não tiveram misericórdia nem mesmo por aqueles que deviam nascer.

Tudo isto foi narrado por um dos unicos 17 salvos do holocausto celebrado na Igreja de Bagdad, no dia de Domingo, durante a celebração da Santa Eucaristia de 31/10/2010.

Este dia deve ser recordado para sempre como se recorda o holocausto da segunda guerra mundial, como os holocaustos feitos na história dos homens que somente Deus sabe que tipo de criaturas sao. Nem mesmo os animais matam um da mesma espécie, sem falar no modo de matar…

O dia 31 outubro vem recordado para sempre como uma mancha na história da humanidade covarde, medrosa em dizer a verdade. Eu espero que toda a história recordará a fraqueza dos mass-media, que disseram somente uma pequena parte do que aconteceu.

Eu pergunto o que o Senhor nos està pedindo…
Senhor, Pai do misericordia, tende piedade de nòs.

Pe. Robert JARJIS


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Devagar

Caminho sem pressas na simplicidade, em busca da luz. Levo nas mãos alguns tesouros frágeis, aqueles da confiança e do abandono.
A força de andar por entre os inimigos de um tempo pleno, que teimam em fazer fugir dos meus espaços.
Ao encontro da luz, tão visível como intocável. Feita de memórias e promessas, como quando se sabe, com toda a certeza, que sempre regressamos ao abraço original. Quando éramos livres, quando havia sol.
Faço todos os dias um mesmo caminho, por entre coisas parecidas. Sem querer parar e fazer do passado momentos presentes que façam ter medo. A luz é muito mais à frente, é irresistível chegar lá.
Neto Quirino

Salvem a Liturgia!

Paramentação do Sacerdote antes da Santa Missa

Costume antiquíssimo da liturgia latina, as orações de paramentação constituem um autêntico modo de preparação pessoal do sacerdote para a celebração digna da santa missa. Apresentamos, agora, as fotos do sacerdote, Pe. Leandro Luis Bernardes, ao se preparar para celebrar a missa no último dia 2 de Novembro. As cenas são da sacristia da Igreja de Nossa Senhora das Dores, distrito de Itaiuba-SP.


Ablução
Dai às minhas mãos, Senhor, o poder de apagar toda mácula: para que eu vos possa servir sem mácula do corpo e da alma.

Da, Domine, virtutem manibus meis ad abstergendam omnem maculam; ut sine pollutione mentis et corporis valeam tibi servire.
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Amito
Colocai, Senhor, na minha cabeça o elmo da salvação para que possa repelir os golpes de Satanás.

Impone, Domine, capiti meo galeam salutis, ad expugnandos diabolicos incursus.

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Alva
Revesti-me, Senhor, com a túnica de pureza, e limpai o meu coração, para que, banhado no Sangue do Cordeiro, mereça gozar das alegrias eternas.

Dealba me, Domine, et munda cor meum; ut, in sanguine Agni dealbatus, gaudiis perfruar sempiternis.
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Cíngulo
Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza, e extingui nos meus rins o fogo da paixão, para que resida em mim a virtude da continência e da castidade.

Praecinge me, Domine, cingulo puritatis, et exstingue in lumbis meis humorem libidinis; ut maneat in me virtus continentiae et castitatis.
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Estola
Restitui-me, Senhor, a estola da imortalidade, que perdi na prevaricação do primeiro pai, e, ainda que não seja digno de me abeirar dos Vossos sagrados mistérios, fazei que mereça alcançar as alegrias eternas.

Redde mihi, Domine, stolam immortalitatis, quam perdidi in praevaricatione primi parentis; et, quamvis indignus accedo ad tuum sacrum mysterium, merear tamen gaudium sempiternum.
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Casula
Senhor, que dissestes: O meu jugo é suave e o meu peso é leve, fazei que o suporte de maneira a alcançar a Vossa graça. Amém

Domine, qui dixisti: Iugum meum suave est, et onus meum leve: fac, ut istud portare sic valeam, quod consequar tuam gratiam. Amen.
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Seguiu-se a celebração da Santa Missa no altar antigo da Igreja, versus Deum, em vernáculo. Como se pode ver, o Pe. Leandro usou uma bela casula romana roxa ornada na parte de trás com o crucifixo.
A acólito segura uma folha com as orações em português e latim e bordas enfeitadas, que figura com moldura na sacristia da igreja.

http://www.salvemaliturgia.com/2010/11/paramentacao-do-sacerdote-antes-da.html

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Por um tempo indeterminado...

estarei sem postar aqui no blog!

Devido ao final do período na Universidade, a carga aumentou, e os estudos estão tomando uma boa parte dos meus tempos. Então quando as coisas esfriarem mais, o período terminar, tornarei a escrever aqui.

À todos, até breve!

Pax et Bonum!
Neto Quirino

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

De punhos cerrados


Quem já não passou pela dúvida de ir ou não rezar, entre o desejo de Deus e o medo de pôr-se à escuta da sua vontade, o medo do que Ele irá pedir, das ofensas que sabemos que cometemos e da mudança que o seu amor nos impelirá a tomar?

Sempre esses caminhos se cruzam dentro de nós: o medo e o desejo de rezar. Mas é o medo de Deus ou medo de nós? Deixo essa para você responder. Há alguns dias estava me sentindo sem norte, então fui recorrer à Presença Eucarística do Senhor e, ao chegar diante dele, o sentimento de que eu estava de “punhos cerrados” tomava meu coração. Isso fazia-me preso, frio, recuado. E na medida em que eu ia expondo a minha dor, meus medos, desejos... ia me acalmando como criança no colo da mãe, os punhos iam se abrindo, a paz voltando e a certeza de que o convite de Jesus: “Vinde a mim vós todos que estais cansados sob o peso do fardo e eu vos darei descanso” (cf. Mt 11,28) é verdadeiro porque Deus e os seus mandamentos não esmagam as pessoas, apesar de serem exigentes.

Recorri ao Santíssimo Sacramento outros dias e via que os punhos iam se abrindo e a grande surpresa era que se abriam não para dar, para receber. Que a antiga e sempre nova realidade de Deus só recebemos diante do mistério eucarístico; Deus me dá, Deus se dá.

Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada, concede tudo.

Não tenhamos medo da oração, talvez nos enganamos porque achamos que orar é fácil, mas não é! Assim como viver não é fácil. Orar é viver! Vive-se como se reza!

Não existe contemplativo de um período só, assim como não há cristão em tempo parcial nem homens em período parcial.

Desde o dia em que acreditamos em Cristo e o reconhecemos como o Senhor, não há nenhum momento – despertos, dormindo, andando, sentando, trabalhando, aprendendo, comendo, brincando – que não seja marcado pelo toque de Deus em nós, que não seja vivido em nome de Jesus, por inspiração do Espírito Santo.
O olhar de Deus nos abre, nos faz viver, impulsiona a vida a “combater o bom combate e guardar a fé” (cf. 2 Tm 4,7).

Travamos um combate todos os dias e diante dele podemos sucumbir ou reagir, e só em Deus reagimos, pois está reservada para cada um de nós a coroa da justiça.

Se estamos sem Deus seremos como o povo de Israel em seu pecado de idolatria, ficando com as mãos abertas, porém vazias.

“Comerão, mas não ficarão saciados, prostituir-se-ão, mas não se multiplicarão, porque abandonaram a Iahweh para se entregarem à prostituição.” (Os 4,10).

Corramos para o olhar vivificador de Deus. Busquemos somente Nele a alegria de viver, a verdade acerca de nós, o perdão para as nossas faltas; ninguém, pessoa alguma poderá nos preencher, alegrar e perdoar como Ele. Tiremos dos outros as nossas expectativas e exigências. Esperemos nele e então poderemos dizer como o salmista: “procurai e vede como o Senhor é bom”

Façamos a experiência ímpar de colocar-nos diante de Deus e deixar que o seu amor a cada dia nos torne livres interiormente. O caminho para a verdadeira liberdade gera amor, livres podemos amar, podemos sair de nossas cadeias, não há nada mais libertador do que a força do amor de Deus. Vemos tantas coisas fantásticas, poderosas, fascinantes, mas nada é mais atual e belo do que a experiência do amor de Deus que nos impulsiona a amar o outro. Não esperemos ser curados dos nossos traumas para começar a amar (não perca tempo!) porque há feridas que só o amor cicatriza, amando somos curados, sem amar ficamos paralisados, carcomidos pelo peso da nossa dor. O amor nos dá coragem de abrir os nossos punhos cerrados para acolher o que o Pai reservou para nós.

“Uma vida imersa em oração é uma vida de mãos abertas, em que você não se envergonha da sua fragilidade, mas percebe que é mais perfeito um homem se deixar guiar pelo Outro do que procurar prender tudo nas mãos”. Desejo-te boa viagem neste caminho de liberdade interior.

Neto Quirino

Aleluia!


Naquele dia em que gritei Ele me ouviu
E a tempestade então se acalmou...
Livrou minha alma da morte
Jesus mudou minha sorte
Sou um milagre, aqui estou!

Aleluia! Transformou o meu lamento
Aleluia! Em dança de avivamento

E eu não vou parar, não vou parar de cantar
E eu não vou parar, não vou parar de daçar!

ALELUIAAAA!!!


Estou sem palavras novamente, mas agora é por intensa alegria!
Após o 3º dia Jesus foi encontrado!
Ele ressucitou! Aleluiaaaaa!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Desde o nascer ao pôr do sol...


... seja louvado o nome do Senhor.

Salmos, 112;3

Tempo vale amor



-"Não está escrito nos livros
Que a coisa mais importante na vida
É viver um dia de cada vez?
“Tempo vale amor”"

Porquê o olhar para o passado, porquê o recordar do que já não faz sentido, como água a correr em rio, como areia fina passando entre dedos entrelaçados. Assim é a vida, a percorrer os dias da nossa existência. Viver a vida vivendo a essência do momento, a fragrância do instante, sugar o néctar do segundo que se avizinha esperando o momento tão aguardado, o encontro esperado. Só se vive e morre uma única vez, e, aguardamos, aguardamos, somos marcados pela brevidade do instante. Seremos o hoje, o amanhã. Como gota que cai, que nos molha numa dança à chuva, como passeio em praia ao entardecer, como sorriso rasgando faces, como tela que vai sendo pintada a cores. em todas as cores, nossa vida... a minha vida... Traços percorridos num corpo, num ser, o que é importante...? Viver e amar, ser tempo, tempo que permanece numa tela, a tela da vida...


Neto Quirino

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Como um corpo sem alma...


Não sei o que falar...
Mas estou arrazado!
Como um corpo sem alma, sem coração... É assim que me sinto.
Mas a esperança da vitória é certa, Jesus Eucarístico voltará para o seu trono!
Desculpem, não consigo escrever mais nada...

"Jesus Cristo, Filho de Deus, tende piedade de nós, pecadores!"

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Como lobos

Lá longe ouve-se um ruído pela penumbra da noite. Seus passos não se fazem notar, sua beleza liberta candura, outrora homens falavam de lobos, hoje dizem ser mera especulação. A beleza da natureza., a vida selvagem assustou o ser humano. Procura-se suprimir o que nos assusta e nem olhamos para a beleza das coisas. Como lobo vivendo em bosques correndo livre, mostrando todo o seu esplendor. Temos de ser o que somos, libertos das amarras, saltamos, corremos em busca do horizonte...
 
Neto Quirino

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Tua presença permanece aqui

sobre pedras amontoadas ergue-se um edifício... ruínas... somos ruínas em construção... construções em ruínas... pedras que perduram pelo tempo... gastas pelo tempo... sujas pela lama/lavadas pelo chôro da chuva que brota em soluços silenciosos... um sol... um pôr-de-sol eleva o que já foi... aquece as frias pedras que julgavam não mais serem vistas... o sol permanece... Tua presença amiga continua a marcar o relevo das minhas pedras... Vise-me nascer... viste-me sorrir... acompanhaste meus passos... deste-me a mão para me levantar quando caí... enxugaste minhas lágrimas... choraste comigo... partilhaste o meu sorriso, a minha dor... as minhas preocupações... não perguntaste "porquê" mas apenas me deste o teu ouvido, o teu ombro... e depois mesmo definhando pelo desgaste da passagem do tempo... estás aí... permaneces aí... traçando as linhas do que fui... do que sou... Jesus, meu pôr-do-sol... aquece as pedras da minha existência...


Neto Quirino