segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

[ você e eu ]

Meu amor, eu te amo muito!
[Não preciso falar mais nada, a imagem já diz bastante.]

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

E quando as luzes se apagam


Bem amados, estou vindo antecipadamente desejar-lhes um abençoado Natal, pois, creio que não será possível eu escrever no dia exato.
Que neste Natal, tenhamos em nós o verdadeiro sentido desta comemoração, pois, quando se passa o dia 25, algums dias depois as luzes já não vão brilhar tanto, o papai noel já vai ter partido, e se nos apegar-mos a estes simbolos, pouco tempo depois nos depararemos sozinhos.
Então que estejamos anciosos pelo nascimento deste Menino-Deus, que ele possa nascer na manjedoura do coração de cada um de nós, e, diferente das luzes e do papai noel, que ele possa continuar vivo por todos os outros dias.
Sem mais.
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Meditação: Angelus

V. O Anjo do Senhor anunciou à Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.

Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

V. Eis aqui a escrava do Senhor.
R. Faça-se em mim, segundo a vossa palavra.

Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

V. E o verbo divino se fez carne.
R. E habitou entre nós.

Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos: Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas para que, conhecendo pela anunciação do Anjo a encarnação do vosso Filho bem-aventurado, cheguemos por sua paixão e cruz, a glória da ressureição.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora, e sempre. Amém.


Neto Quirino

sábado, 18 de dezembro de 2010

Ver, sentir, confiar


Se escrevesse num diário os sentimentos de cada dia, certamente iria visitar muitas vezes as páginas mais coloridas. Temos a necessidade de regressar aos tempos em que um dia ouvimos claramente o nosso nome e encontramos a nossa casa perfeita, arrumada, na paisagem que criamos. Porém, à medida que passa o tempo, vamos escrevendo páginas com canetas gastas e as cores vão perdendo força, sem percebermos porquê.

A Vida faz-nos crescer, somos cada vez mais completos e mais complexos; e o que um dia seria óbvio acontecer, hoje é uma miragem, ou uma saudade. Temos nas mãos uma possibilidade de escrever cada dia a nossa história. Mas o que já existiu, não serve para escrever o que hoje sou e me acontece. Simplesmente vamos virando páginas... sucessivamente.

Acredito que aquilo que uma vez foi dado e conquistado não se perde nunca. É esta a nossa marca de eternidade, o poder criar a partir da matéria que são os nossos dias, mesmo que seja terra seca e vasos quebrados. A força que um dia moveu as minhas mãos não deixa de as fazer mover agora. O que tem de ser construído é mais exigente, mas confio que o resultado será uma obra mais perfeita do que posso imaginar.


PS: A questão da ausência de Deus, tenho-o sentido muito pessoalmente, aparece nas alturas em que as coisas se complicam. E quando mais precisaria de Deus, mais encontrei um silêncio incapaz de responder às minhas perguntas. Mas fui me dando conta de que fui eu que mudei e deixei de estar atento à minha profundidade, sem a fazer crescer comigo. Entretanto a vida muda, mas as raízes permanecem pequenas e com pouca força para me agarrar quando há vento forte. Regressar à profundidade ajudou-me a descobrir respostas que nunca tinha pensado. E percebi que Deus falava, mas de um modo que eu já não conseguia ouvir. Falava-me daquilo que me assustava e preocupava, precisamente aquilo que evitava pensar. E Ele foi paciente comigo e eu fui paciente comigo. Amei o hoje. E as raízes cresceram...
Neto Quirino

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O nascimento das coisas secretas


Há uma vitória definitiva sobre a nossa espera. Tudo o que de maior podemos imaginar torna-se acessível e pertence ao nosso regaço.

Vivemos entre o concreto e aquilo que acreditamos um dia vir a ser nosso. Por isso nos esforçamos, e a Vida faz-se de uma motivação multiplicada em abraços dados ao vento, ou cheiros de rosas de um país longínguo.

A espera de algo Absoluto não nos pode fazer esquecer que nasceu o imenso poder de sermos Filhos de Deus. Em alguém tão pequeno que, numa noite fria, coube numa manjedoura, numa gruta de uma país que ninguém conhecia.

É este o sinal de um Amor infinito. Ser dado no segredo. Se soubéssemos quanto da nossa Esperança está num choro de criança...
 
Neto Quirino

domingo, 12 de dezembro de 2010

Profundidade


Há tempo para pararmos tudo aquilo que fazemos e encontrar o espaço que nos faça viver algo semelhante ao nada. Vivemos não só entre imensos compromissos e ritmos exteriores, mas também - e sobretudo - envolvidos numa quantidade impressionante de ocupações e pre-ocupações da alma. Se, por um lado, é importante acompanhar com atenção o que nos acontece, acabamos muitas vezes por sermos arrastados pela corrente dos nossos pensamentos. 

E até pode acontecer que, pensando muito, acabamos por não pensar nada que valha a pena, algo que nos traga alguma luz mais concreta.

A sabedoria oriental tende para um aniquilamento da reflexão e do pensamento, para alcançar estados de silêncio interior. Todo esse esforço pode correr o risco de ser simplesmente um não estar presente na vida, o esforçar-se por sair dela. Quando, o mais importante do silêncio interior é, precisamente, entrar no ritmo da vida como o seu batimento mais profundo. O perceber onde estou completo, onde vivo em sintonia com tudo. Onde sou enviado no melhor que hoje tenho.

Neto Quirino

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Viver de encanto



A admiração é o resultado de uma surpresa positiva. Quando algo nos invade com uma luz que desperta em nós ecos de histórias passadas e que nos orienta para coisas muito fundamentais. Muitas vezes, estas surpresas são sinais de que se foi criando um espaço para disposições, mesmo de forma pouco calculada.

O desejo é um dos maiores mistérios para mim. Entre o apetecer coisas imediatas e o desejar coisas que hão-de vir, movo-me muitas vezes entre o estar realizado e o estar incompleto. Parece-me, porém, que o desejar é já uma forma de plenitude, como um caminho que está a começar.

Desejamos coisas muito boas para nós. A maior delas devia ser a santidade. Então se desejas ser santo, começa já a sê-lo. O caminho começou. Talvez seja isto um pouco o Advento. Recordar uma iniciativa surpreendente, Deus entre nós, e isto, se pensarmos bem, é uma enorme surpresa. É um verdadeiro encanto este fascínio de Deus pelas nossas coisas.

Neto Quirino
Paz & Bem!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Estupefato


Alguns dias é mais complicado lidar com os limites. Primeiro os meus, por aquilo que, por mais que pense e me esforce, não consigo atingir na plenitude que desejo. Caminho para lá, e só o desejo de olhar para a meta me leva como essa mão invísivel que sabe melhor que eu mesmo para que coisas sou criado.

Há depois estes limites da rua. Aqui por Itambé e Pedras de Fogo é tão comum ver imagens de crianças assim. E não se pode fazer muito, nem sequer entendo o seu mundo, o que está por detrás das histórias familiares. E depois, mais fundo, o que está por detrás da História da Humanidade, perfeita e criada para ser plena no Amor. Mas à nossa volta tudo parece ser tão impossível...

Estes olhos que contemplo, como tantos outros, de todos os dias, são verdadeiramente os olhos de Deus que vem até nós, e que celebramos neste tempo de Advento. Mas parece tão fácil este discurso... Porque é que preparo uma Vi(n)da que salvará tudo, quando, depois do Natal, não vou deixar de ser confrontado com os mesmos olhares?

Acredito que seja um convite à minha não-tentativa-de-tentar-perceber. À minha humildade. No fundo, existe o mistério de Deus, nascido, morto e ressuscitado por mim. Apesar de tudo. Estes olhares são o mistério mais profundo de Deus-no-mundo. Apesar de tudo.
 
Neto Quirino

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


Jesus Mestre,
A tua vida é preceito, caminho,
segurança única, verdadeira, infalível.
O Presépio, Nazaré, o Calvário,
tudo é caminho de amor ao Pai,
de pureza infinita, de amor às pessoas,
ao Sacrifício...
Faze com que eu te conheça,
que eu coloque, a cada momento,
o meu pé sobre as tuas pegadas.(...)



Neto Quirino

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

FESTA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

Pedras de Fogo - PB
De 29 de Novembro a
8 de Dezembro de 2010

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25 a 28/11 - III ROMARIA DA FÉ E CELEBRAÇÃO DO ANIVERSÁRIO
DE NASCIMENTO DE DOM VITAL
ENCERRAMENTO ÀS 19:00H
PRESIDENTE: DOM SEVERINO BATISTA, OFMCAP, BISPO DE NAZARÉ - PE.
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NOSSA SENHORA, UM OLHAR SOBRE A CIDADE
PROGRAMAÇÃO


29/11 - Segunda-Feira
Tema - Nossa Senhora: um olhar que nos traz paz
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
18:30H - Recitação do Terço no Centro São José e logo depois, procissão da
bandeira em direção ao Santuário
19:00h - Missa
Presidente - Pe. José Junior (Comunidade Obra de Maria)
Liturgia - Comunidade Obra de Maria, Pastoral do Dízimo e Grupos de Evangelização
Apresentação Cultural - RCC Pedas de Fogo
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30/11 - Terça-Feira
Tema - Nossa Senhora: um olhar maternal
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00h - Missa
Presidente - Pe. Sérgio Roberto (Paróquia de Itambé - PE)
Liturgia - Grupo de Homens
Apresentação Cultural - João Carlos
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01/12 - Quarta-Feira
Tema - Nossa Senhora, um olhar que educa
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00h - Missa
Presidente - Pe. Egídio Neto (Paróquia Santuário Nossa Senhora Aparecida - João Pessoa)
Liturgia - Catequese, Coral São Francisco e Coroinhas
Apresentação Cultural - Comunidade Crux Sacra
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02/12 - Quita-Feira
Tema - Nossa Senhora: um olhar que caminha conosco
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00h - Missa
Presidente - Mons. Ivônio Oliveira (Paróquia São Pedro e São Paulo - João Pessoa)
Liturgia - RCC
Apresentação Cultural - Grupo Alegra't e GTD Anjos de Deus
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03/12 - Sexta-Feira
Tema - Nossa Senhora: um olhar que nos dá senssibilidade
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00 - Missa
Presidente - Pe. Cláudio Sartori (Reitor do Seminário Arquediocesano da Paraíba)
Liturgia - Apostolado da Oração, Ministros da Eucarístia, Pastoral da Saúde
Apresentação Cultural - Grupo da melhor idade
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04/12 - Sábado
Tema - Nossa Senhora: um olhar que guia as famílias
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00h - Missa
Presidente - Pe. Manoel Alexandre (Paróquia de Juripiranga - PB)
Liturgia - Pastoral da família
Após a Missa, leilão com donativos da comunidade
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05/12 - Domingo
II Domingo do Advento
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00h - Missa
Presidente - Pe. Cícero Alberes
Liturgia - JUCAP, JUMAP, Pastoral da Crisma
Após a Missa haverá bingo de confraternização
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06/12 - Segunda-Feira
Tema - Nossa Senhora, um olhar que protege
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00h - Missa
Presidente - Mons. Ednaldo Araújo (Paróquia Santíssima Trindade - João Pessoa)
Liturgia - Grupo de Mães e Ofício de Nossa Senhora
Apresentação Cultural - Banda Ronaldo Ribeiro da Costa
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07/12 - Terça-Feira
Tema - Nossa Senhora, um olhar que transforma nossa realidade
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
19:00h - Missa
Presidente - Pe. Vanduy Bione (Paróquia de Itambé - PE)
Liturgia - Paróquia de Itambé - PE
Apresentação Cultural - Comunidade Obra de Maria
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08/12 - Quarta-Feira
DIA DE NOSSA SENHORA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
05:00h - Alvorada
06:00h - Ofício de Nossa Senhora
09:00h - Missa Solene
Presidente - Pe. Carlos Alberto (Vigário Geral da Arquediocese da Paraíba)
16:00h - Missa de encerramento (campal)
Presidente - Dom Aldo Pagotto (Arcebispo da Paraíba)
Após a Missa, procissão pelas ruas da cidade
Show Cultural e Encerramento da Festa

sábado, 27 de novembro de 2010

Quando a consciência se ilumina

"Quando a luz se apaga é que a consciência se ilumina.
As almas são como os morcegos: vêem melhor às escuras."  
Guerra Junqueiro


 

O ponto de partida é esta frase. As imagens da luz e da escuridão fazem uma enorme ressonância em nós, vão além daquilo que podemos refletir. É uma impressão instintiva, percebemos a luz em nós e nos outros, sem saber bem explicar porquê. Fascinam-nos as pessoas de olhar iluminado, e queremos a toda a força conhecer o seu segredo. Um olhar escuro faz-nos desviar o olhar, sem sabermos o que podemos fazer.
Quando nos sentimos iluminados, tudo nos corre bem, temos imensas ideias de coisas bonitas para afaer, crescemos na confiança e na ousadia. O mundo parece pequeno para os nossos desejos. Porém, quando a escuridão é o nosso ambiente, ficamos perdidos, desorientados, o mundo fecha-se até ficar do tamanho do nosso problema, um pequeno canto numa cave, sem grande capacidade para sair dali.
O que quer dizer que a consciência se ilumina quando a luz se apaga? Esta pergunta é um desafio e um confronto com o modo como lidamos com os nossos tempos e situações mais obscuras. Creio não estar errado, se propuser que são exatamente os momentos de escuridão onde encontramos a nossa verdade. Um dos nossos maiores medos é enfrentar a dúvida, a desesperança e o fato de não nos sentirmos completos.
Querer viver sempre na luz é bom, na medida em que somos continuamente desafiados a alargar os nossos horizontes e a não ficarmos fechados em nós. Mas pode ser um risco, se formos ingenuos ao ponto de querer a toda a força ser iluminados sem aceitar as nossas sombras, e vivemos tantas vezes numa aparência, quando essa luz não passa de iluminação artificial, lâmpadas coloridas e neons publicitários que, no fim de contas, dizem pouco de nós. Fazemos parte do sistema, que evita todo o contato com a realidade paradoxal da vida.
Nas alturas em que a escuridão é o nosso mundo, temos a oportunidade de partir do que somos: dúvida, incompreensão, fragilidade. A um certo momento da nossa Vida, o confronto com a escuridão é necessário e salutar, poder dizer com toda a simplicidade: "Também sou isto, mas isto não me impede de viver, antes pelo contrário".
A nossa consciência ilumina-se a partir de dentro, e tornamo-nos mais transparentes, olhamos para nós, ao mesmo tempo que uma luz de aceitação vai tornando os limites mais claros, até que percebamos que a fragilidade é a nossa fonte mais autêntica de força. Ser conscientes, não pelo pensamento, mas na intuição, no fundo, amarmos o nosso presente, seja como este for.
 
Neto Quirino
Pax et Bonum!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

À espera


O momento antes de nascer, antes de ouvir o primeiro grito de Vida. O momento antes do primeiro raio de sol, que surge atrás da montanha. O momento em que o maestro levanta os braços, antes da orquestra tocar.

Não há silêncio mais completo que o instante antes daquilo que se espera. Quanto mais se isso for pensado desde sempre. Quanto mais se o que vier transforma radicalmente o mundo e o que somos. Para sempre.

Não deve ser possível imaginar o silêncio do último instante, o preciso momento em que Jesus volta à Vida. O Universo deve ter caído, completo, no contemplar e acolher aquilo que estava a acontecer.

Santa Páscoa!


Neto Quirino

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sabes de ti?



Quando quiseres saber de ti, vem bater-Me à porta. Não perguntes quem sou ou de onde venho. Vem devagar e chama pelo teu nome. Contar-te-ei a tua história desde que te vi sorrir. Vais ouvir falar de alguém capaz de percorrer a estrada para alcançar o conforto e oferecer um abraço maior que o mundo inteiro.

Posso contar-te a tua história que ficou perdida num passado, fechada num pequeno cofre que só quem fechou ou viveu sabe contar. Vais saber que eras uma preocupação, que eras presente e que tinhas quem cuidasse de ti a toda a hora. Guardaram-te bem!

Posso falar-te dos teus medos, das tuas conquistas, das tuas aventuras...


Sabes? Posso falar de ti! Daquele tu que conhecemos em tempos e que agora, não se sabe onde se perdeu ou se não se quer encontrar. Aquele que viveu tudo com muita vida e fechou a porta no maior desafio de vida.


Quando quiseres saber de ti... vem sem medo perguntar! Não queiras saber quem te conta a história ou quem te viu viver, tenta só saber quem foste e com isso... reconquistar a vida de quem és ou viver a vida de quem te tornaste...


Sabes quem és? Eu nem sempre te sei... e acho que tu também não... mas quando quiseres saber de ti, Eu sei onde te encontrar.

Me ajuda Jesus...

Neto Quirino

domingo, 21 de novembro de 2010

Autoconhecimento


O tema do auto-conhecimento é muito vasto, e admito que também é um dos meus preferidos. Tenho pensado e rezado muito sobre o conhecer-me a mim mesmo e como isso tem sido fonte de compreensão, perdão, desejo de me aventurar e de ser melhor. Conhecer-se a si mesmo não é apenas uma questão de fazer uma lista de qualidades e defeitos, ou fazer algum teste de personalidade. Estas coisas ajudam, mas correm o risco de permanecer à superfície e não nos faz cair na conta daquilo que verdadeiramente somos. Cada pessoa é um mundo diferente e estaria a perder-me se quisesse falar de tudo, pelo que resolvi apontar algumas coisas que fui lendo e pensando, e acho que se podem aplicar a cada pessoa, ao menos como início de um caminho para se conhecer melhor.


A própria expressão "conhecer-se a si mesmo" indica que existe uma distância entre o eu que conhece e o eu que é conhecido. Vamos conhecendo partes de nós, sem nunca conseguir conhecer-nos completamente. Acredito que sou um mistério para mim mesmo, e este é inesgotável, perigoso, fascinante, digno de todo o amor. Este mistério encontra-se dentro de nós, o espaço meu onde realmente sou aquilo que sou. E como posso chegar lá?



Uma descrição do homem interior que sempre me interpelou é a seguinte: eu sou homem psiquico, homem racional e homem espiritual. Ou, em termos mais complicados, e mais personalizados, mas que explicam a mesma coisa: animus, anima e spiritus. Estas três coisas não são três partes diferentes, como se me pudesse dividir em estratos, mas são modos de funcionamento daquilo que sou, a minha origem e para onde quero caminhar.


Animus é a parte que conheço de mim todos os dias, como vejo que me comporto, como leio a minha história, os meus defeitos e qualidades óbvias. É o que, de algum modo, me faz agir, a minha parte mais consciente, a que estámais imediatamente em contacto com o mundo à minha volta.


Anima é a parte de mim que responde ao bem, que me move para as coisas bonitas, que me faz sair de mim. Entre animus e anima, existe muitas vezes conflito. Sei o que é bem, e não o faço, sei que estou a fazer mal e não deixo de o fazer. Li num texto que a anima é como a dona de casa que procura cuidar e arrumar as coisas. Animus entra em casa e toma posse dela, é muitas vezes egoísta, e vence anima com palavras bonitas e boas justificações. Temos sempre justificações para fazermos o que queremos, mesmo que saibamos que não é bom.


Spiritus é a parte mais interior de mim, aquela que anima contempla e onde arranja forças para suportar, acolher, cuidar e transformar animus. Spiritus é tudo o que nos arrasta para o amor, que nos faz livres, não esperar recompensa, de nos dar sem medida e encontrar nisso a maior alegria. E é no spiritus que encontramos a parte mais débil e, ao mesmo tempo, mais poderosa de nós. É débil porque o amor não existe sozinho, e quando a anima é incapaz de encontrar spiritus e de o amar e ser amada por ele, perde força para ajudar animus a abrir-se também ele ao amor. E é a parte mais poderosa, quando eu percebo que o amor que tenho é mim é um dom, dado em medida inesgotável. Amo porque sou amado e tenho consciência que nunca poderei dar tanto amor como aquele que recebo. Mas procuro corresponder com todas as minhas forças, no fundo amar é o que há de mais natural em mim. E é neste movimento e neste lugar onde Deus está.


Procurando simplificar: O auto-conhecimento, ao menos como eu o percebo, está em olhar estas três dimensões e ver aquelas que têm mais força. Sabendo que a minha autenticidade está no amor, que passa pelo querer fazer o bem, e fazê-lo de facto. Quando spiritus, anima e animus trabalham no mesmo movimento, sou aquele que sou. Se a determinado ponto se quebra esta corrente, posso perguntar-me onde está a raiz disso. Encontrá-la, percebe-la, ama-la e recomeçar...


Sou um mistério para mim mesmo, e talvez seja possível que os outros me conheçam melhor que eu próprio. Talvez porque tenho espaços em mim dos quais penso que tenho o direito absoluto a ser o único explorador. Triste e iludido. E estes espaços são tantas vezes quartos escuros, fechados à chave. Tornei-me dono das minhas próprias prisões. Acredito que damos uma importância excessiva à pouca luz que temos, comparada com a dos outros. Ou ao modo pouco brilhante como estamos perante a Vida, quando sabemos bem que ela nos exige que sejamos sóis luminosos.


Conhecer-me é abrir os olhos e os braços ao que está em mim e fora de mim. Mas às coisas sérias e bonitas, no fundo, as únicas que são realmente... É ser capaz de abrir os lugares escuros e perceber que os monstros são formigas... é deixar que um fogo aqueça a casa. É olhar pela janela da alma e ver que estou na proa, e tenho diante de mim aquela paisagem que nunca pensei ver. Porque estamos continuamente a pensar que estamos bloqueados, traumatizados, condicionados?


Quando aquilo que sou é vento que enche as velas de um barco, a cor onde o artista mergulhou o pincel, a música que faz chorar alguém de consolação. É entre a coragem e a luz que me situo e existo... as minhas sombras são marionetes ridículas, só fazem aquilo que eu faço quando olho o sol... não têm um mínimo de vontade própria.
 
Neto Quirino

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Plenitude interior


É a grande questão da nossa Vida. Como podemos encontrar a plenitude no nosso interior? Os grandes temas existenciais não têm uma resposta óbvia, porque cada pessoa é uma história e um conjunto de circunstâncias. Acontecem-nos diariamente coisas que nos fazem repensar as nossas opções, momentos de confirmação e outros em que as nossas certezas mais profundas ficam abaladas.

A plenitude interior é uma questão de integração e unificação de todas as dimensões da nossa Vida. Corremos o risco de dividirmos a existência em vários setores. O que mais nos desgasta é verificarmos que há campos na nossa Vida onde conseguimos fazer progressos e outros que parece que não saímos do mesmo. Ao mesmo tempo, vivemos muito dependentes dos fatores externos, ou seja, o que acontece fora de nós, o que pensam e dizem de nós condiciona-nos de tal maneira que fazemos determinadas opções só porque é suposto, ou porque todos fazem assim, ou porque não faço mal a ninguém se fizer determinada coisa.

O grande segredo está em encontrarmos um espaço de verdade que seja o início e o fim da nossa existência. Estou plenamente convencido que as coisas mais importantes da vida se resumem a muito pouco. É uma espécie de luz interior que ilumina tudo, que faz olhar para tudo o que sou e o que me acontece com o olhar correto. Chega uma altura em que percebemos na nossa Vida que o essencial é uma palavra só nossa, algo que não nos pode ser tirado e que nos desafia constantemente.

Não há experiência mais profunda no ser humano do que aquela de ser amado. Só o sentir-se amado transforma, faz perdoar-me a mim mesmo, aceitar o que sou, querer ser o que sou. As comparações e as utopias fazem-nos, muitas vezes, olhar na direção errada. Se o desejo comanda a Vida, então que esse desejo seja movido pelo amor a mim mesmo, com uma transparência e simplicidade que me faça dizer sem complexos: esta é a minha perfeição. Uma conquista de todos os dias, mas esta é a minha conquista.

O amor a si mesmo é tudo menos egoísta, porque é uma visão realista das próprias falhas, mas sobretudo um olhar simples e humilde sobre aquilo que sou. A humildade é reconhecer a nossa bondade e ficarmos extremamente felizes por isso. Mais uma vez, encontra-se no fundo desta dinâmica o amor, e o sentir-se amado.

Para quem acredita, é um passo fundamental dar este salto: acreditar que Deus me ama sempre, acredita sempre em mim, não desiste. Ter alguém que sempre apoia o meu desejo de perfeição é a base de todo o movimento em direcção à plenitude.

Sentindo-se amado, e reconhecido como se é, torna a pessoa mais autêntica no modo de estar perante o mundo e os outros. Move-a o desejo de simplesmente ser, fazer crescer o bem, ser radicalmente otimista, porque nada está perdido, mesmo que o pareça. Deste modo, aquele que é amado ama como a expressão mais própria da Vida. Tudo o que sente e faz se confronta com o desejo que a Vida e os outros se sintam amados como eu me sinto amado.

Por ser tão simpels este caminho, é difícil percorrê-lo, porque pensamos que as coisas importantes precisam de enciclopédias para serem explicadas. Quando pensamos e classificamos demasiado, estamos a estragar tudo. Como quando amamos alguém, não o conseguimos explicar, simplesmente é assim.

Quando vivemos em plenitude, tudo é uma oportunidade grande, desejamos afastar as coisas menos boas de nós, e desejamos só que tudo seja bonito... é o único caminho que verdadeiramente interessa.
 
Neto Quirino
Pax et Bonum!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Relato do Martírio em Bagda no dia 31/10/2010

Carissimos Irmaos, a paz! Gostariamos de vos tornar participantes do testemunho do martírio da comunidade cristã de Bagdad. Acolhemos o apelo de fr. Robert JARJIS, de modo que as livres e reais informaçoes ajudem na sensibilização das consciências, da tolerância e da paz. Oremos pela Igreja Perseguida!!!

Pe. Mateus Maria.

Segue a tradução feita por Patrícia Vicente, para a lingua portuguesa:

Caros amigos,

Narro para voces uma pequena parte do holocausto da Igreja de Bagdad, do altar do sacrifício de Cristo, que foi preenchido dos sacrifícios humanos, onde o sangue do Inocente foi misturado com o sangue dos inocentes, que não têm nenhuma culpa, a nao ser de pertencer a Cristo, o Rei do universo, o único Rei da Paz.

Quando aqueles homens entraram, fecharam as portas e logo começaram a matar rapidamente os fieis, no momento em que ofereciam ao Deus da Paz o sacrifício de seu Filho. O Pe. Wasim (26 anos), o que estava celebrando a Eucaristia, suplicava de deixar os fieis em paz e de pegarartem a ele mesmo como vítima.

A resposta deles foi enchê-lo de bala, e assim, caído, logo morreu. Mais tarde Pe. Thaer (32 anos) que estava no confessionario, saiu rapidamente e foi até a eles pedir para rezar juntos pela paz no Iraque; cada um do seu modo e a cada um para o seu Deus, e deixar os inocentes.

Um daqueles homens o levaram perto do altar, bateram nele, e o encheu de explosivos alì mesmo no altar. Em seguida continuaram a misturar o sangue do Anjo com o sangue dos anjos. Sangue inocente derramado!

Logo em seguida, um daqueles homens encontraram uma mulher grávida, pegaram-na, pronunciaram as palavras da profissão de fé muçulmana e se explodiram junto com ela, a inocente, sem nenhuma misericordia não somente para os vivos aqui da terra, mas não tiveram misericórdia nem mesmo por aqueles que deviam nascer.

Tudo isto foi narrado por um dos unicos 17 salvos do holocausto celebrado na Igreja de Bagdad, no dia de Domingo, durante a celebração da Santa Eucaristia de 31/10/2010.

Este dia deve ser recordado para sempre como se recorda o holocausto da segunda guerra mundial, como os holocaustos feitos na história dos homens que somente Deus sabe que tipo de criaturas sao. Nem mesmo os animais matam um da mesma espécie, sem falar no modo de matar…

O dia 31 outubro vem recordado para sempre como uma mancha na história da humanidade covarde, medrosa em dizer a verdade. Eu espero que toda a história recordará a fraqueza dos mass-media, que disseram somente uma pequena parte do que aconteceu.

Eu pergunto o que o Senhor nos està pedindo…
Senhor, Pai do misericordia, tende piedade de nòs.

Pe. Robert JARJIS


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Devagar

Caminho sem pressas na simplicidade, em busca da luz. Levo nas mãos alguns tesouros frágeis, aqueles da confiança e do abandono.
A força de andar por entre os inimigos de um tempo pleno, que teimam em fazer fugir dos meus espaços.
Ao encontro da luz, tão visível como intocável. Feita de memórias e promessas, como quando se sabe, com toda a certeza, que sempre regressamos ao abraço original. Quando éramos livres, quando havia sol.
Faço todos os dias um mesmo caminho, por entre coisas parecidas. Sem querer parar e fazer do passado momentos presentes que façam ter medo. A luz é muito mais à frente, é irresistível chegar lá.
Neto Quirino

Salvem a Liturgia!

Paramentação do Sacerdote antes da Santa Missa

Costume antiquíssimo da liturgia latina, as orações de paramentação constituem um autêntico modo de preparação pessoal do sacerdote para a celebração digna da santa missa. Apresentamos, agora, as fotos do sacerdote, Pe. Leandro Luis Bernardes, ao se preparar para celebrar a missa no último dia 2 de Novembro. As cenas são da sacristia da Igreja de Nossa Senhora das Dores, distrito de Itaiuba-SP.


Ablução
Dai às minhas mãos, Senhor, o poder de apagar toda mácula: para que eu vos possa servir sem mácula do corpo e da alma.

Da, Domine, virtutem manibus meis ad abstergendam omnem maculam; ut sine pollutione mentis et corporis valeam tibi servire.
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Amito
Colocai, Senhor, na minha cabeça o elmo da salvação para que possa repelir os golpes de Satanás.

Impone, Domine, capiti meo galeam salutis, ad expugnandos diabolicos incursus.

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Alva
Revesti-me, Senhor, com a túnica de pureza, e limpai o meu coração, para que, banhado no Sangue do Cordeiro, mereça gozar das alegrias eternas.

Dealba me, Domine, et munda cor meum; ut, in sanguine Agni dealbatus, gaudiis perfruar sempiternis.
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Cíngulo
Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza, e extingui nos meus rins o fogo da paixão, para que resida em mim a virtude da continência e da castidade.

Praecinge me, Domine, cingulo puritatis, et exstingue in lumbis meis humorem libidinis; ut maneat in me virtus continentiae et castitatis.
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Estola
Restitui-me, Senhor, a estola da imortalidade, que perdi na prevaricação do primeiro pai, e, ainda que não seja digno de me abeirar dos Vossos sagrados mistérios, fazei que mereça alcançar as alegrias eternas.

Redde mihi, Domine, stolam immortalitatis, quam perdidi in praevaricatione primi parentis; et, quamvis indignus accedo ad tuum sacrum mysterium, merear tamen gaudium sempiternum.
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Casula
Senhor, que dissestes: O meu jugo é suave e o meu peso é leve, fazei que o suporte de maneira a alcançar a Vossa graça. Amém

Domine, qui dixisti: Iugum meum suave est, et onus meum leve: fac, ut istud portare sic valeam, quod consequar tuam gratiam. Amen.
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Seguiu-se a celebração da Santa Missa no altar antigo da Igreja, versus Deum, em vernáculo. Como se pode ver, o Pe. Leandro usou uma bela casula romana roxa ornada na parte de trás com o crucifixo.
A acólito segura uma folha com as orações em português e latim e bordas enfeitadas, que figura com moldura na sacristia da igreja.

http://www.salvemaliturgia.com/2010/11/paramentacao-do-sacerdote-antes-da.html

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Por um tempo indeterminado...

estarei sem postar aqui no blog!

Devido ao final do período na Universidade, a carga aumentou, e os estudos estão tomando uma boa parte dos meus tempos. Então quando as coisas esfriarem mais, o período terminar, tornarei a escrever aqui.

À todos, até breve!

Pax et Bonum!
Neto Quirino

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

De punhos cerrados


Quem já não passou pela dúvida de ir ou não rezar, entre o desejo de Deus e o medo de pôr-se à escuta da sua vontade, o medo do que Ele irá pedir, das ofensas que sabemos que cometemos e da mudança que o seu amor nos impelirá a tomar?

Sempre esses caminhos se cruzam dentro de nós: o medo e o desejo de rezar. Mas é o medo de Deus ou medo de nós? Deixo essa para você responder. Há alguns dias estava me sentindo sem norte, então fui recorrer à Presença Eucarística do Senhor e, ao chegar diante dele, o sentimento de que eu estava de “punhos cerrados” tomava meu coração. Isso fazia-me preso, frio, recuado. E na medida em que eu ia expondo a minha dor, meus medos, desejos... ia me acalmando como criança no colo da mãe, os punhos iam se abrindo, a paz voltando e a certeza de que o convite de Jesus: “Vinde a mim vós todos que estais cansados sob o peso do fardo e eu vos darei descanso” (cf. Mt 11,28) é verdadeiro porque Deus e os seus mandamentos não esmagam as pessoas, apesar de serem exigentes.

Recorri ao Santíssimo Sacramento outros dias e via que os punhos iam se abrindo e a grande surpresa era que se abriam não para dar, para receber. Que a antiga e sempre nova realidade de Deus só recebemos diante do mistério eucarístico; Deus me dá, Deus se dá.

Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada, concede tudo.

Não tenhamos medo da oração, talvez nos enganamos porque achamos que orar é fácil, mas não é! Assim como viver não é fácil. Orar é viver! Vive-se como se reza!

Não existe contemplativo de um período só, assim como não há cristão em tempo parcial nem homens em período parcial.

Desde o dia em que acreditamos em Cristo e o reconhecemos como o Senhor, não há nenhum momento – despertos, dormindo, andando, sentando, trabalhando, aprendendo, comendo, brincando – que não seja marcado pelo toque de Deus em nós, que não seja vivido em nome de Jesus, por inspiração do Espírito Santo.
O olhar de Deus nos abre, nos faz viver, impulsiona a vida a “combater o bom combate e guardar a fé” (cf. 2 Tm 4,7).

Travamos um combate todos os dias e diante dele podemos sucumbir ou reagir, e só em Deus reagimos, pois está reservada para cada um de nós a coroa da justiça.

Se estamos sem Deus seremos como o povo de Israel em seu pecado de idolatria, ficando com as mãos abertas, porém vazias.

“Comerão, mas não ficarão saciados, prostituir-se-ão, mas não se multiplicarão, porque abandonaram a Iahweh para se entregarem à prostituição.” (Os 4,10).

Corramos para o olhar vivificador de Deus. Busquemos somente Nele a alegria de viver, a verdade acerca de nós, o perdão para as nossas faltas; ninguém, pessoa alguma poderá nos preencher, alegrar e perdoar como Ele. Tiremos dos outros as nossas expectativas e exigências. Esperemos nele e então poderemos dizer como o salmista: “procurai e vede como o Senhor é bom”

Façamos a experiência ímpar de colocar-nos diante de Deus e deixar que o seu amor a cada dia nos torne livres interiormente. O caminho para a verdadeira liberdade gera amor, livres podemos amar, podemos sair de nossas cadeias, não há nada mais libertador do que a força do amor de Deus. Vemos tantas coisas fantásticas, poderosas, fascinantes, mas nada é mais atual e belo do que a experiência do amor de Deus que nos impulsiona a amar o outro. Não esperemos ser curados dos nossos traumas para começar a amar (não perca tempo!) porque há feridas que só o amor cicatriza, amando somos curados, sem amar ficamos paralisados, carcomidos pelo peso da nossa dor. O amor nos dá coragem de abrir os nossos punhos cerrados para acolher o que o Pai reservou para nós.

“Uma vida imersa em oração é uma vida de mãos abertas, em que você não se envergonha da sua fragilidade, mas percebe que é mais perfeito um homem se deixar guiar pelo Outro do que procurar prender tudo nas mãos”. Desejo-te boa viagem neste caminho de liberdade interior.

Neto Quirino

Aleluia!


Naquele dia em que gritei Ele me ouviu
E a tempestade então se acalmou...
Livrou minha alma da morte
Jesus mudou minha sorte
Sou um milagre, aqui estou!

Aleluia! Transformou o meu lamento
Aleluia! Em dança de avivamento

E eu não vou parar, não vou parar de cantar
E eu não vou parar, não vou parar de daçar!

ALELUIAAAA!!!


Estou sem palavras novamente, mas agora é por intensa alegria!
Após o 3º dia Jesus foi encontrado!
Ele ressucitou! Aleluiaaaaa!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Desde o nascer ao pôr do sol...


... seja louvado o nome do Senhor.

Salmos, 112;3

Tempo vale amor



-"Não está escrito nos livros
Que a coisa mais importante na vida
É viver um dia de cada vez?
“Tempo vale amor”"

Porquê o olhar para o passado, porquê o recordar do que já não faz sentido, como água a correr em rio, como areia fina passando entre dedos entrelaçados. Assim é a vida, a percorrer os dias da nossa existência. Viver a vida vivendo a essência do momento, a fragrância do instante, sugar o néctar do segundo que se avizinha esperando o momento tão aguardado, o encontro esperado. Só se vive e morre uma única vez, e, aguardamos, aguardamos, somos marcados pela brevidade do instante. Seremos o hoje, o amanhã. Como gota que cai, que nos molha numa dança à chuva, como passeio em praia ao entardecer, como sorriso rasgando faces, como tela que vai sendo pintada a cores. em todas as cores, nossa vida... a minha vida... Traços percorridos num corpo, num ser, o que é importante...? Viver e amar, ser tempo, tempo que permanece numa tela, a tela da vida...


Neto Quirino

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Como um corpo sem alma...


Não sei o que falar...
Mas estou arrazado!
Como um corpo sem alma, sem coração... É assim que me sinto.
Mas a esperança da vitória é certa, Jesus Eucarístico voltará para o seu trono!
Desculpem, não consigo escrever mais nada...

"Jesus Cristo, Filho de Deus, tende piedade de nós, pecadores!"

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Como lobos

Lá longe ouve-se um ruído pela penumbra da noite. Seus passos não se fazem notar, sua beleza liberta candura, outrora homens falavam de lobos, hoje dizem ser mera especulação. A beleza da natureza., a vida selvagem assustou o ser humano. Procura-se suprimir o que nos assusta e nem olhamos para a beleza das coisas. Como lobo vivendo em bosques correndo livre, mostrando todo o seu esplendor. Temos de ser o que somos, libertos das amarras, saltamos, corremos em busca do horizonte...
 
Neto Quirino

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Tua presença permanece aqui

sobre pedras amontoadas ergue-se um edifício... ruínas... somos ruínas em construção... construções em ruínas... pedras que perduram pelo tempo... gastas pelo tempo... sujas pela lama/lavadas pelo chôro da chuva que brota em soluços silenciosos... um sol... um pôr-de-sol eleva o que já foi... aquece as frias pedras que julgavam não mais serem vistas... o sol permanece... Tua presença amiga continua a marcar o relevo das minhas pedras... Vise-me nascer... viste-me sorrir... acompanhaste meus passos... deste-me a mão para me levantar quando caí... enxugaste minhas lágrimas... choraste comigo... partilhaste o meu sorriso, a minha dor... as minhas preocupações... não perguntaste "porquê" mas apenas me deste o teu ouvido, o teu ombro... e depois mesmo definhando pelo desgaste da passagem do tempo... estás aí... permaneces aí... traçando as linhas do que fui... do que sou... Jesus, meu pôr-do-sol... aquece as pedras da minha existência...


Neto Quirino

sábado, 30 de outubro de 2010

Na corda bamba




Quem não gostaria de saber de antemão qual a decisão mais correcta a tomar perante as indecisões? Todos nós! Eu incluído. Não me considero corajoso nem tampouco arrojado nos pensamentos e atitudes, no entanto, como todos, sou obrigado a tomar decisões das quais à priori não sei quais as consequências. E se é verdade que as recebo como uma progressão nesta escalada/vida, não é menos verdade que por vezes ela se faz de lágrimas e dor, de recuos e investidas, poderei mesmo dizer que continuo com “dores de crescimento”.
Cada passada dada é recheada de lutas e dispêndio de energia, quer pelo passo em si, quer pela reacção que suscita. As consequências levam-me a ficar suspenso como se estivesse numa corda bamba e na eminência de cair, então paro, readquiro a firmeza e prossigo.
Mas prevalece uma certeza, ainda que os meus passos sejam vacilantes, cheios de erros e o meu coração nem sempre me fale sem interferências, ainda que na corda bamba, sei que tenho uma rede que me ampara se eu desequilibrar ou cair: JESUS!
Jesus é a minha rede. Aquela, que por ter malhas apertadas serve de escudo protector, atenua as minhas quedas mas também filtra e depura todos os meus passos, não deixando passar sem correção os meus erros ao mesmo tempo que invade o meu coração de alegria depois dum passo correcto.
Hoje revejo principalmente os errados, e são tantos que senti como minhas as palavras de Simão quando caiu aos pés de Jesus, dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque eu sou pecador!»
Hoje sinto-me caído aos pés de Jesus, peço-Lhe perdão pelos passos errados mas também por aqueles que não dei. Peço-Lhe perdão pelas vezes em que deixei que o medo vencesse a minha/Sua vontade e também por aquelas em que deixei que o comodismo me travasse. Peço-Lhe perdão, pelo abraço que ficou retido na intenção, pela palavra que não se soltou e por aquela que deveria ter guardado. Peço-Lhe perdão acima de tudo, porque nem sempre consigo deixar a minha barca na praia para segui-Lo, como fez Simão.
Mas hoje, e apesar de caído, solto lágrimas de alegria, porque se Jesus me tocou desta forma, é porque está vivo e activo no meu coração, dizendo como disse a Simão: “Não temais"

Dulce

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Tua voz em minhas mãos


Eu, silêncio profundo.
Mar onde mergulho sem temor.
Sustento da minha alma que lateja em remoinho.
Ninho onde me animo, num misto de alegria e dor.
Afloram sentimentos que se apossam de mim.
Extravasando como rios de frases teimosas.
Percorrendo meu leito, fervilham em frenesim.
E desaguam em minhas mãos que esperam, ciosas.
Este é o meu mundo, onde o Silêncio impera!
Mas não estou só!
Este Silêncio és Tu, Jesus, é a Tua voz.
Metamorfoseadas em gritos mudos,
que escuto e ouso escrever.
Este silêncio é a Tua palavra.
Que da minha boca não lavra,
por não A saber enaltecer.
Este silêncio,
é a fusão entre a escuta e a escrita.
Entre a Tua voz e a minha mão.
Este silêncio que só acontece quando
a minha alma grita o que
escreves no meu coração.


Aqui, guardo os estilhaços que se desprendem do meu silêncio. partilho os registros das minhas pegadas, marcadas como tatuagens nos degraus que vou escalando.
Este "aqui" existe, só por Ti Jesus.

Dulce

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Formigas


Não importa o teu tamanho, não importa o teu porte, não muito menos o teu peso. Em ti vejo a esperança, vejo a perseverança, vejo a força, vejo a garra de um animal-criança que me ensina. Se todos os humanos fossem conscientes como tu, o mundo não teria cinza, ao contrário somente azul. Suportas bem mais que o teu peso, isso revela garra. Ao te observar, eu aprendo, oh formiga admirável e amada!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O anjo mais velho


"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

[...]Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê.[...]
Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar

Saudade de tú irmão! Deus abençoe! Pax et Bonum!

Jesus cura a mulher

Lucas (13, 10-17)

 

Segunda-Feira, 25 de Outubro de 2010
Santo Antonio de Sant’Anna Galvão



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 10Jesus estava ensinando numa sinagoga, em dia de sábado. 11Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era en­cur­vada e incapaz de se endireitar. 12Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse: “Mulher, estás livre da tua doença”. 13Jesus pôs as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou e começou a louvar a Deus.14O chefe da sinagoga ficou furioso, porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado. E, tomando a palavra, começou a dizer à multidão: “Existem seis dias para trabalhar. Vinde, então, nesses dias para serdes curados, não em dia de sábado”.15O Senhor lhe respondeu: “Hipócritas! Cada um de vós não solta do curral o boi ou o jumento, para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? 16Esta filha de Abraão, que satanás amarrou durante dezoito anos, não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado?”17Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
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O que diz o texto do dia?
Jesus ensinava na sinagoga, num dia de sábado. Ali chegou aquela mulher, imagem viva do ser humano oprimido: encurvada, como se carregasse um enorme fardo nas costas. Carregava, na verdade, duplo fardo: o fato de ser mulher e doente há dezoito anos. Sua presença não passou despercebida ao Mestre. Ele a chamou. E sem precisar ser solicitado, ele a libertou. O chefe da sinagoga ficou zangado e argumentou que no sábado não podia acontecer a cura. E então? O que devia prevalecer: a lei que proibia curar no sábado ou Jesus que veio para salvar, curar? Jesus dá a resposta chamando a esta reação de legalismo hipócrita. E fala do boi e do jumento que são "desamarrados" em dia de sábado para beber água. Se é assim, por que não se pode "desamarrar" a mulher de sua doença? O evangelista Lucas diz que os inimigos de Jesus ficaram envergonhados.
O que o texto diz para mim, hoje? O que mais me toca o coração?
De que lado estou: do lado de Jesus que é sensível ao sofrimento dos mais fracos, do lado da mulher, do chefe da sinagoga? É verdade que algumas vezes somos legalistas não querendo nos deixar incomodar por algo diferente que pode acontecer, por uma pessoa que não pensa como nós, por um horário que muda, um atraso que acontece, uma criança que chora, uma palavra mais forte dita pelo pregador, um ruído do microfone, ou algo que não ouvimos bem, nem entendemos. Tantos imprevistos nos incomodam. Nos irritamos quando nossa rotina nos desinstala, ainda mais se é para atender alguém que não nos é muito simpático.... "Os desejos de vida, de paz, de fraternidade e de felicidade não encontram resposta em meios aos ídolos do lucro e da eficácia, da insensibilidade diante do sofrimento alheio, dos ataques à vida intra-uterina, a mortalidade infantil, a deterioração de alguns hospitais e todas as modalidade de violência contra crianças, jovens, homens e mulheres. Isto sublinha a importância da luta pela vida e pela dignidade e integridade da pessoa humana. A defesa fundamental da dignidade e destes valores começa na família."
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Santo Antônio de Sant'Ana Galvão
 
25 de Outubro
 
 

Santo Antônio de Sant'Anna Galvão Conhecido como "o homem da paz e da caridade", Antônio de Sant'Anna Galvão, nasceu no dia 10 de Maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá, São Paulo.

Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestigio social e influência política.

O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas.

Em 1760 ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo.

Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição.

Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do "recolhimento".

Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os Sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura, ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis.

Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória: "Aqui jaz Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822". Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado.

Frei Galvão é o religioso no qual o coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: "O seu nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas necessidades".

O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro.


Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, rogai por nós!

sábado, 23 de outubro de 2010

Somos sacrário! Somos ostensório!




Quando digo que somos sacrário, não estou apenas dizendo que temos Deus no coração, como muitos pensam.
Quando digo que somos sacrário, digo que literalmente temos Jesus com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade dentro de nós.

Mas como???? Isso é possível???

Sim, é possível.
Cada vez que vamos à Santa Missa e comungamos, estamos recebendo a pessoa de Jesus em seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Este é o mistério de nossa fé.

E onde entra a parte do sacrário?
Mais simples ainda. Quando em uma Santa Missa todos comungam, sobra partes do Corpo de Cristo e Este é depositado no sacrário. Agora te faço uma pergunta: Quem comungou não está fazendo o mesmo papel do sacrário?

Estamos guardando o Cristo Jesus dentro de nós "Somos deuses", não porque temos algum poder, ou porque um sacrário tenha poder, mas sim porque Deus habita em nós. É um privilégio único, somente nós possuimos essa graça.
Olhe no olho de um irmão que acabou de comungar... você pode até rezar para o Deus que está dentro deste irmão. Que maravilha à nossa alma!!!

Um ostensório serve para mostrar o Cristo que está nele. Cristo no ostensório é o Rei que nós adoramos e glorificamos.
Apesar de vermos um pedaço de pão, na realidade é o próprio Cristo em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Sim, Sangue!!! Onde alguém viu um corpo vivo sem sangue???

"Não acredito" diz você talvez...

Não importa! Jesus continuará sendo a refeição dos católicos.
Comemos o Corpo de Cristo, bebemos o Sangue de Cristo e lutamos todos os dias para viver uma vida digna diante aos olhos d'Ele.
Quando andamos pelas ruas mostrando nossas ações perante Deus e perante os homens não passamos de um ostensório, somente servimos para mostrar Jesus que está dentro de nós.

Adoremos a Deus!

Vamos honrar o Deus que está em você.
Vamos honrar o Deus que está naquele irmão que comungou.
Vamos honrar o Deus que é Pai, Filho e Espírito.

Sejamos sempre sacrário.
Sejamos sempre ostensório.

Sacrário vivo foi Maria, é o que muitos dizem, mas será mesmo verdade?

Se sacrário guarda Cristo, Maria "guardou" Cristo por 9 mêses.
Então ela foi o primeiro sacrário.
Ostensório guarda e mostra o Cristo.
Maria guardou e muitos viram a Cristo.
Então digo que Maria foi também o primeiro ostensório.

Sejamos como Maria que, além de guardar a Cristo passeou por todos os lugares com Ele.

Que Deus nos ajude a sermos sacrário e ostensório.

Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Latter Rain - A Última Chuva




Última Chuva

A hora é essa, o tempo chegou
Seu Espírito chama, Ele nos chama
Para fazer esta terra, sagrada para o Senhor

Este é o momento de aproveitar o dia
Levantamos em fé, a promessa vem
Fazer esta terra, sagrada para o Senhor

Estes são os dias da última chuva
Dias de poder, dias de graça
Neste tempo o fogo cairá
Pra fazer esta terra sagrada
Fazer esta terra sagrada para o Senhor

Este é o tempo, nossa melhor hora
De batalhas e vitórias conquistadas
Para fazer esta terra sagrada para o Senhor

E a partir deste momento o nosso futuro chama
A promessa certa, a chuva cairá
Nós vemos esta terra sagrada para o Senhor

 

 

Latter Rain

This is the hour, the time has come
His Spirit calls, He calls us on
To make this land, holy for the Lord

This is the time to seize the day
We rise in faith, the promise comes
To make this land, holy to the Lord

These are the days of the latter rain
Days of power, days of grace
This is the time the fire will fall
To make this land holy
To make this land holy to the Lord

This is the time, our finest hour
Of battles fought and victories won
To make this land holy to the Lord

And from this time our future calls
The promise sure, the rain will fall
We see this land holy to the Lord
Hilssong United

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Adorar

 
 
Depois da ressurreição, o nosso coração torna-se o lugar privilegiado do encontro com Deus. Se antes Ele se manisfestava operando milagres e prodigios, curando cegos e paraliticos, agora Ele continuará esta mesma obra, na ação do Espirito, em nosso coração. Este é o sitio privilegiado do encontro... Já não mais haverá morte e nem dor, tudo será suportado e, venceremos a morte pela adoração.

Porque adoração não é somente uma posição corporal ou circunstancial... Adorar é podar o mal que há em nós; é deixar Deus ser TUDO em nosso coração que antes só percebia e vivia na tristeza e na busca do superfluo e daquilo que em nada pode preencher o meu vazio. É na adoração que conhecemos a vontade de Deus. É na adoração que nosso coração toca o coração de Deus. É na adoração que o céu desce até nós... Adorar é por-se aos pés da cruz e não sair de lá até que o milagre aconteça.

" Um dos actos de adoração mais estranhos, insólitos e extravasantes que conheço foi praticado por Maria, irmã de Lázaro. O texto encontra-se em Lc 7,36. " Em questão de minutos a mulher vai até sua casa, pega um vaso cheio de ungüento... O perfume representava suas economias de muito tempo, e equivalia a 1 ano de salário de um trabalhador. O nardo era uma planta odorizante, e seu bálsamo era muito caro, importado do Norte da Índia. Com essa disposição de ofertar o seu bem mais precioso Maria começava a adorar a seu Deus. Ela entra esbaforida e ansiosa na casa do fariseu Simão. Vendo Jesus à mesa, ela se derrama aos pés dele e chora copiosamente, “lavando” os pés de Jesus com suas lágrimas de amor e de adoração abundante. Como ninguém lhe estendeu um lenço ou uma toalha, Maria praticou mais um acto extravagante e arriscado: Soltou os cabelos e começou a enxugar os pés de Jesus. Naquela época as mulheres não podiam andar com o cabelo solto, apenas em casa na presença do marido. Talvez alguns “ex-clientes” da mulher pensaram consigo: Oba, Maria está de volta à activa. Mas, ela, a pecadora publica, encontrou-se com Deus em seu momento de adoraçao.
 
Encontremos-nos com nosso Amado com nossa adoração.