sábado, 30 de outubro de 2010

Na corda bamba




Quem não gostaria de saber de antemão qual a decisão mais correcta a tomar perante as indecisões? Todos nós! Eu incluído. Não me considero corajoso nem tampouco arrojado nos pensamentos e atitudes, no entanto, como todos, sou obrigado a tomar decisões das quais à priori não sei quais as consequências. E se é verdade que as recebo como uma progressão nesta escalada/vida, não é menos verdade que por vezes ela se faz de lágrimas e dor, de recuos e investidas, poderei mesmo dizer que continuo com “dores de crescimento”.
Cada passada dada é recheada de lutas e dispêndio de energia, quer pelo passo em si, quer pela reacção que suscita. As consequências levam-me a ficar suspenso como se estivesse numa corda bamba e na eminência de cair, então paro, readquiro a firmeza e prossigo.
Mas prevalece uma certeza, ainda que os meus passos sejam vacilantes, cheios de erros e o meu coração nem sempre me fale sem interferências, ainda que na corda bamba, sei que tenho uma rede que me ampara se eu desequilibrar ou cair: JESUS!
Jesus é a minha rede. Aquela, que por ter malhas apertadas serve de escudo protector, atenua as minhas quedas mas também filtra e depura todos os meus passos, não deixando passar sem correção os meus erros ao mesmo tempo que invade o meu coração de alegria depois dum passo correcto.
Hoje revejo principalmente os errados, e são tantos que senti como minhas as palavras de Simão quando caiu aos pés de Jesus, dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque eu sou pecador!»
Hoje sinto-me caído aos pés de Jesus, peço-Lhe perdão pelos passos errados mas também por aqueles que não dei. Peço-Lhe perdão pelas vezes em que deixei que o medo vencesse a minha/Sua vontade e também por aquelas em que deixei que o comodismo me travasse. Peço-Lhe perdão, pelo abraço que ficou retido na intenção, pela palavra que não se soltou e por aquela que deveria ter guardado. Peço-Lhe perdão acima de tudo, porque nem sempre consigo deixar a minha barca na praia para segui-Lo, como fez Simão.
Mas hoje, e apesar de caído, solto lágrimas de alegria, porque se Jesus me tocou desta forma, é porque está vivo e activo no meu coração, dizendo como disse a Simão: “Não temais"

Dulce

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