Eu, silêncio profundo.
Mar onde mergulho sem temor.
Sustento da minha alma que lateja em remoinho.
Ninho onde me animo, num misto de alegria e dor.
Afloram sentimentos que se apossam de mim.
Extravasando como rios de frases teimosas.
Percorrendo meu leito, fervilham em frenesim.
E desaguam em minhas mãos que esperam, ciosas.
Este é o meu mundo, onde o Silêncio impera!
Mas não estou só!
Este Silêncio és Tu, Jesus, é a Tua voz.
Metamorfoseadas em gritos mudos,
que escuto e ouso escrever.
Este silêncio é a Tua palavra.
Que da minha boca não lavra,
por não A saber enaltecer.
Este silêncio,
é a fusão entre a escuta e a escrita.
Entre a Tua voz e a minha mão.
Este silêncio que só acontece quando
a minha alma grita o que
escreves no meu coração.
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